segunda-feira, 25 de maio de 2015
Há BULLYING e bullying!
Até o pomposo epíteto "BULLYING" me causa vontade de voltar a brigar! É verdade! Nunca pensei que, passados tantos anos, a minhas BRIGAS (e as dos outros), viessem a ter por base um inglesismo, ou melhor, um anglicismo, só para tornar sonante as rixas de cada qual. No entanto, de modo a não ficar desatualizado, correndo, quem sabe, o risco de ser relegado para a lista dos arcaicos, aqui estou eu pactuando com a linhagem linguística dos súbditos de Sua Majestade. Porém, em jeito de protesto, dá-me ganas de gritar, dizendo: - Ah GANDA "BULLYING" à moda da década de 50!...
Que saudades eu tenho do Bullying de outrora, em Vale da Pinta. Assim é que era Bulling são e a sério! Não havia grupinhos nem grupelhos, árbitros, managers e outros segundos, nem sequer toalhas brancas ou maleta de primeiros socorros; era mano a mano, um contra um. Espectadores havia sempre. E muitos.... Cada um dos contendores tinha a sua base de apoio, mas, apenas e só, moral. E para mostrar agilidade e valentia, era tudo a soco, chapada e pontapé. Ninguém se socorria de qualquer tipo de arma para se armar em parvo. Nem sequer de botifarras, porque, à época, quase toda a rapaziada andava descalça. Eram brigas tão saudáveis, que nunca me apercebi de que alguém tivesse que ser socorrido, devido a equimoses ou nódoas negras. Apenas uns arranhões, um olho negro... ou, ainda, um ou outro puto com um "galo na pinha", devido a uma qualquer fuga do "campo de batalha". Quem fugisse, o mais certo era levar uma pedrada na mona, mas o desertor, apesar da cabeça partida, acabava por ficar com a razão do seu lado, já que tinha sido atacado por trás, e, portanto, à traição, à falsa-fé.
Também nunca houve sequestros ou tipos amarrados a postes. Ninguém se podia queixar de ter sido manipulado. Era tudo em campo aberto, em total liberdade. A professora, que era velha mas já tinha ideais modernaços, era logo a primeira a provocar o Bullying no toutiço da malta, com uma cana-da-índia.Era bom que esta JUMENTUDE SUPER VIOLENTA e ASSASSINA de hoje, atentasse nesta descrição de lutas dos anos 50 e concluísse que, com os "velhos" também se aprende. Se eu aprendo certos anglicismos nefastos, só porque quero estar na "berra", também vocês têm que APRENDER A SER GENTE, para merecerem pertencer ao Mundo dos Humanos.
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