terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

FAMÍLIA CARIA

HISTÓRIA E GENEALOGIA DA FAMÍLIA CARIA.

     Uma família de história multimilenar,  que merece ser contada e lembrada. História de reis, conquistas e lutas. Histórias e sonhos que fizeram a diferença na História, porque os Carias foram, e serão sempre, uns lutadores e sonhadores.

                                                                      CARIA:
    
     Este sobrenome remonta de uma região da GRÉCIA denominada de "KARYA". Na ENCICLOPÉDIA STORICO NOBILIARI ITALIANA, do VITTORIO SPRETTI, são dedicadas três páginas à família CARIA e suas variações, tais como: CARIAS, CARIASI, DE CARIA, DE CARIAS e CARIATI, sendo que este último deriva do grego KARYÁTIDOS. Estas são variações em torno de uma só família, que em Itália teve início no ano de 1345, na Calábria. Posteriormente, passou ao norte de Itália, na Lombardia.

     É encontrado um PIETRO CARIA no ano de 1537 na cidade de Lecco que, mais tarde, se chamou ERMETO CARIA. Em 1678, senhor feudal com estandarte e cores próprias, membro do Conselho da Comunidade.

     Esta família ramificou-se até à zona norte de Itália, onde é encontrada nas cidades de Milão, Génova, Turim, Veneza, Pádua e Verona. Em Portugal, D. ANTÓNIO CARI e seus descendentes usaram o mesmo BRASÃO da família CARIA de Itália.

     Pesquisas efetuadas a eras distantes, referem que houve nos Helenos (gregos) um chefe de armas chamado KAR. É curioso que, na língua Anatolian, a palavra CARIA quer dizer o CHEFE, o SABEDOR, o HOMEM FORTE. Na Grécia antiga, o nome de CARIA era aplicado a toda a zona habitada por CARIANS e, no grego antigo, tinha o nome de KAPIA KARIA. Aliás, os CARIANS foram, com toda a certeza, os KARKIANS mencionados nas Tabuletas Hititas, pois existe uma relação íntima entre CARIA-CRETA e ILHAS GREGAS.

     Os CARIANS tinham uma linguagem própria ainda não decifrada. A história desta família é repleta de conquistas e lutas. Incluem reinos, castelos, brasões reais e a construção de uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo: O MAUSOLEU de HALICARNASSUS, construido na região de CARIA, hoje a atual Turquia.

     De acordo com HOMERO (oitavo século antes de Cristo), os CARIANS chegaram e povoaram a região da Ásia Menor, nas imediações de Miletus, o vale do Meander, o Mycale e as montanhas de Phithirian.

     Foram, ainda, mencionados como aliados da GUERRA de TROIA. Vale a pena recordar textos que atestam que HERODOTUS (484-425 A. C.) nasceu em HALICARNASSUS e era de origem CARIAN. Aliás, os CARIANS eram muito considerados pelo REI MINOS, devido às suas habilidades como marinheiros. Eram destemidos, aventureiros e hábeis a lidar com o mar. Tinham, portanto, todas as características para realizarem conquistas, por isso o fizeram. Os CARIANS não aceitavam domínio de terceiros e prezavam a liberdade. Eles lutaram, durante séculos, nas muitas guerras entre os Impérios Persa e Bizantino.

     De acordo com TRUCYDIDES, um historiador ateniense (460-396 A. C.), diz que os CARIANS conquistaram e habitaram as ilhas gregas e as pertencentes à Ásia Menor. O REI MINOS determinou que os CARIANS ocupassem o continente e lá estabelecessem o "Território Pirata".

     Em tempos pré-históricos a maioria das ILHAS AEGEAN tinham sido conquistadas e habitadas pelos CARIANS.

    A história de CARIA já vem de longe. Antes, até, do século V, antes de Cristo.    

    Em Portugal, a família CARIA reside, com alguma predominância, na zona da Beira Baixa, mais precisamente nas vilas de Caria e Belmonte. Também no concelho do Cartaxo existem numerosas famílias com o sobrenome CARIA, como a minha, em Vale da Pinta.
    Depois vêm alguns ignorantes, de outras zonas do país, a não saberem sequer pronunciar o nome CARIA. Eles chamam Cária, eles chamam Cárias, eles até Zacarias me têm chamado!... Veja-se o grau de desconhecimento dessa gente! Mas não se julgue que essa obscuridade apenas provém de gente menos letrada! Não. A estes eu ainda desculpo, já o mesmo não sucedeu quando, por inúmeras vezes, em organismos públicos, me vi confrontado com funcionários que me tratavam por Cária. Como é evidente, de cada vez que isso acontece, tenho que lhes perguntar se, por exemplo, eles escrevem ou pronunciam o nome "Mária" em vez de "Maria".  Sei que não gostam do meu reparo, mas têm que o engolir, mesmo em seco.

     Um abraço a todos os "CARIA" que, por esse Mundo, labutam, lutam e vivem, tal como no antigamente. 
    
 Pesquisa e compilação de: José CARIA Luís, um valedapintense residente no Porto.


Obs. Texto escrito conforme Novo A.O.









quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

A LÍNGUA PORTUGUESA


Estranha Beleza da Língua Portuguesa

     Este texto será, porventura, um dos melhores registos de língua portuguesa sobre a nossa digníssima "língua de Camões", a tal que tem fama de ser pérfida, infiel ou traiçoeira.
Agora, que se avizinham as autárquicas de 2021, não podia deixar de apresentar a narrativa de umas eleições do passado e, em simultâneo, antever o que nos espera nas próximas.
    
     Um candidato à renovação do mandato para a presidência de uma conhecida Câmara Municipal, estava em plena campanha eleitoral, quando, do alto do palanque, começou o seu discurso. Assim:

     - Compatriotas, companheiros, amigos! Encontramo-nos aqui, convocados, juntos ou reunidos para debater, tratar ou discutir um tópico, tema ou assunto, o qual me parece transcendente, importante ou de vida ou morte. O motivo, proposição ou síntese que hoje nos convoca, reúne ou junta é a minha postulação, aspiração ou recandidatura a Presidente da Câmara deste Município.

     De repente, uma pessoa do público pergunta:

     - Ouça lá, porque é que o senhor utiliza sempre três palavras, para dizer a mesma coisa? - ao que o candidato respondeu:

     - Pois veja, meu caro munícipe: a primeira palavra é destinada a pessoas com elevado nível cultural, como intelectuais em geral; a segunda é para pessoas com um nível cultural mediano, como o senhor e a maioria dos que estão aqui; a terceira palavra é para pessoas que têm um nível cultural muito baixo, pelo chão, digamos, como aquele alcoólico, ébrio ou bebedolas ali deitado na calçada.

     De imediato, o alcoólico, ébrio ou bebedolas levanta-se, a cambalear, e "atira":

     - Senhor postulante, aspirante ou recandidato: (hic) o facto, circunstância ou razão pela qual me encontro num estado etílico, alcoolizado ou embriagado (hic), não implica, significa ou quer dizer que o meu nível (hic) cultural seja ínfimo, baixo ou mesmo rasca (hic). E com toda a reverência, estima ou respeito que o senhor me merece (hic) pode ir agrupando, reunindo ou juntando (hic) os seus haveres, pertences ou bagulhos (hic) e encaminhar-se, dirigir-se ou ir direitinho (hic) à leviana da sua progenitora, à mundana da sua mãe biológica ou à puta que o pariu!

     Escusado será dizer, que o postulante, aspirante ou recandidato, ao sentir-se afrontado, humilhado ou vexado, meteu o discurso no talego, sacola ou alforge e, em passo de corrida, desandou do tablado, palco ou palanque para não mais ser visto por aquela banda, sítio ou lugar.

Moral da estória:  - Os arrogantes são como os balões: basta uma picadela de sátira para dar cabo deles.


Nota: Texto recriado e ampliado por Zekarias44





sábado, 9 de fevereiro de 2013

CENA 0 - ENQUANTO É TEMPO...

 
 
Para os que já "partiram", hoje já é demasiado tarde.
     Conforme prometido, e à semelhança do que havia feito o Rogério Feio, também eu gostaria de enunciar as pessoas com quem eu, nas Construções Técnicas, tive um estreito relacionamento e dos quais, cada qual em sua área, recebi uma infuência profissional muito direta. E, parafraseando o que escrevi em epígrafe, pode ser que, hoje, para a maioria do nosso grupo, ainda não seja tarde demais. Oxalá! Ninguém é eterno, mas deixem-nos ficar por cá, mais uma dúzia de anos, pelo menos.
     Tenho dito, muitas vezes, em conversas com gente das mais variadas áreas, que o facto de ter trabalhado nas Construções Técnicas, me conferiu um tal leque de conhecimentos, que dificilmente conseguiria noutras empresas do mesmo ramo. Digo-o com conhecimento de causa, sem saudosismos exacerbados, porque, para termo de comparação, direi que conheci muitas situações, algumas delas em consórcios com mais uma, três e quatro empresas. Pelo que conheci, o fator teórico e a sua ligação à prática tinha uma grande importância naquela escola técnica, que foi Construções Técnicas; daí, provavelmente, o seu nome. Quem sabe.
      Então, por ordem alfabética, cá vão os seus nomes, da forma como eram conhecidos:
     Amaral; Bento Paulino; Capinha; Carlos Santana; Coelho de Carvalho; Horta Carneiro; Rogério Feio e Virgílio Picanço. Foi mesmo pela mão do encarregado Virgílio Picanço que eu "apareci" nas Construções Técnicas. Não por admissão, mas por promoção como arvorado, capataz e  subencarregado. Foi o trampolim. Dai para a frente tudo foi trabalhoso, mas muito mais fácil. A pedra de toque era mesmo o arranque.
      Contudo, é bom que se diga que, nas Construções Técnicas, tive sempre um bom realacionamento profissional com todas as pessoas com quem, mais de perto, trabalhei.
      Nas áreas de Planificação e Planeamento, com o Rogério Feio e na composição de Betões e Resistência de Materiais, com o engº Santana, muito, com eles, aprendi. Até em regime extraobra, no Cálculo de Estruturas de Betão Armado, na vertente da Hiperestática, pelo método de H. Cross, aprendi, com as explicações dadas pelo engº Capinha, já que a Isostática me tinha sido ministrada na Machado de Castro. Para reforçar o que acabo de explanar, também os dois cursos promovidos pelas C.T., no Estaleiro Geral, um deles para capatazes e manobradores, em que participei como monitor, e um outro, como aluno, na formação de encarregados, são prova disso. Terão sido casos de exceção? É bem provável, mas foi real.
 
      Ainda que estejamos envolvidos neste círculo das C.T., não posso deixar de referir os nomes de duas pessoas: dois profissionais de alto gabarito que, embora sendo fiscais, tiveram alguma influência na minha atividade, nas obras onde, por eles, "fomos" fiscalizados. Foram eles o Castelão e o Manuel Brites. O primeiro, da ex-Empresa Termoelétrica Portuguesa, na obra da Central Termoelétrica do Carregado; o segundo, da Profabril, nas obras da Lisnave, tanto na Margueira, como no Cais de Porto Brandão e, ainda, na Fábrica da Renault, em Cacia.
    
     Portanto, ex-colegas das Construções Técnicas, que todos tenhamos o privilégio de continuarmos a saber uns dos outros, contactando o grupo através desta "página" das C.T. Quantos mais quieserem aparecer, melhor será, para que, além de se alargar a dita, continuemos a ver-nos por aqui.
 
     Um abraço a todos.
 
     Para os que já não estão entre nós, presto, aqui, a minha póstuma homenagem.
 
 Nota: - Texto escrito na linha do novo A.O.