terça-feira, 3 de junho de 2014

50º aniversário da Inspeção Militar


 GRANDE RAPAZIADA!
Em 1944 nasceram, em Vale da Pinta-Cartaxo, quinze almas do sexo masculino. 
Depois da passagem dessas individualidades pela Primária, cada qual seguiu o seu tortuoso caminho, até serem considerados "homens" que, já encorpados, poderiam e deviam prestar o seu contributo à Pátria, militarmente falando.
Antes, porém, houve dois mancebos (eu e o Roberto), cada qual pela sua razão, que acharam por bem optar pela "deserção" do grupo e enveredar pelo voluntariado, no ramo da Força Aérea. Os outros treze foram, em junho de 1964, encaminhados para aquele ritual da Inspeção Castrense, à mercê, portanto, da Inquisição Militar do Exército. Salvo duas exceções que, por questões que se prendiam por quaisquer insuficiências físicas, foram "libertados", aos restantes onze foi lida a cartilha que, segundo a mesma, eram os "contemplados" obrigados a dar o corpo ao manifesto, em prol da Pátria e do Sistema. A maioria acabou por ir parar ao então chamado Ultramar, passando a fazer parte dos combatentes da Guerra Colonial. Felizmente que, desta malta, todos voltaram sãos e salvos.
Acabadas que foram as campanhas militares e tendo cada qual seguido o seu caminho profissional, fosse por isto ou por aquilo, nunca mais ninguém se "lembrou" de promover um encontro dos membros do grupo de 1944, que, até ao ano 2000, passaram por um total jejum no que a confraternizações dizia respeito. 
Sei que, depois da mudança de século, alguém se lembrou, enfim, de tentar uma aproximação dos "rapazes" e eternizar o evento. Eu, devido ao facto de estar ausente da terra por motivos profissionais, só comecei a participar no evento no ano de 2008, ano em que atingi a idade e o estado de Reforma.
Mas, por muito estranho que pareça, eu, estando fora, não era o único faltoso nem mesmo poderia ser considerado um refratário. Se um tipo reside em Oeiras, em Lisboa, em Tomar, ou mesmo em Aveiro, poderá argumentar que, enfim, está "longe" e não lhe dá jeito nenhum vir à terra uma vez por ano? E eu, que resido no Porto? Mas estes que refiro, ainda são uns bacanos, se os compararmos a um colega que, residindo a tempo inteiro em Vale da Pinta, renunciou ao convívio desde 2010. Há quem diga que foi motivado por "isto", outros afiançam que foi por "aquilo". Seja como for, se é por dispender 20€ por uma refeição bem "regada" e tendo o pazer de confraternizar com os "amigos de 44", e ainda com transporte gratuito, não me parece que tais atitudes sejam plausíveis. No entanto essas ficam com quem as pratica. Seja por comodismo, snobismo ou sovinice, acho que têm que aguentar com as críticas.
Independentemente do número de convivas, vamos acreditar que para o ano há mais.

Fig. 1 - ano de 2009 - Adega do Avô - Casais da Amendoeira
Fig. 2 - ano de 2013 - Cernelha - Cartaxo
Fig. 3 - ano de 2014 - Cernelha - Cartaxo - 50º aniversário















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